Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade - TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma síndrome neurocomportamental com sintomas classificados em três categorias: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Caracteriza-se por um nível inadequado de atenção em relação ao esperado para a idade, o que leva a distúrbios motores, perceptivos, cognitivos e comportamentais.
Existem três subtipos de combinações de TDAH: com predomínio de hiperatividade, com predomínio de desatenção, e uma combinação de ambos.

Em geral, as crianças hiperativas correm e escalam em demasia, falam demais, estão sempre “a todo vapor”, não permanecem sentados por longos períodos, agitam mãos e pés quando sentados, e sofrem queixas freqüentes da escola devido este comportamento. Podem ser excluídos de atividades sociais e/ou a família os evita, tal é o constrangimento provocado. Freqüentemente têm impulsividade associada.
A criança desatenta erra freqüentemente por não prestar atenção a detalhes, distrai-se com pequenos estímulos, não conclui tarefas, tem dificuldades na organização de tarefas que exijam esforço mental sustentado, perde objetos com freqüência.
No TDAH, os sintomas devem ocorrer em diferentes ambientes. Se ocorrer em apenas um local ou com apenas uma pessoa, deve-se considerar outros diagnósticos.

Para o diagnóstico correto, é fundamental avaliação neurológica completa com Neurologista Pediátrico experiente. Além do exame neurológico completo, são realizados testes neurológicos que avaliam a criança de acordo com sua idade (Exame Neurológico Evolutivo). É de fundamental importância o diagnóstico diferencial com outras doenças que apresentam sintomas semelhantes, pois o tratamento, nesse caso, é diferente. Também é importante a detecção de comorbidades psiquiátricas e de outras causas de dificuldades de aprendizagem, comuns nessas crianças.


Fonte: ROTTA, N.T., Transtorno da atenção: aspectos clínicos. In: ROTTA, N.T.; OHLWEILER, L.; RIESGO, R..S. Transtornos da Aprendizagem, Porto Alegre, Artmed, 2006, p. 301-313.